Apresentação

“Compreender o mal não o cura, mas, sem dúvida alguma, ajuda. Afinal, é muito mais fácil lidar com uma dificuldade compreensível que com uma escuridão incompreensível.” – Carl Jung.

Olá.
Seja bem vindo(a).
Espero que goste.
Luz, Paz e Alegria sempre.
Elizabeth.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A ansiedade de cada dia, cada hora, cada instante.





A ansiedade é inerente ao ser humano, permite visualizar uma possível situação de perigo e preparar a reação, mas se transforma em patológica quando foge a um contexto ou se torna desproporcional.

O aumento de pessoas com TAG (Transtorno de ansiedade generalizado) e Síndrome do Pânico evidencia que a sociedade está cada vez mais ansiosa.

A super estimulação (TV, celular, Internet...), a sobrecarga de tarefas, o materialismo, o consumismo, geram um aumento de “obrigações”, expectativas e ilusões.

Perdemos-nos no meio das criações de nossa mente inferior.

Afinal quem somos?

Seria bom se pudéssemos fazer como no carnaval, retirarmos a máscara escolhida e seguirmos em frente.

Mas não é assim.

Construímos personagens a partir de nossas experiências espirituais, afetivas, familiares, sociais. Desejos despertos por ilusões de aceitação, conquista e controle.

Somos o que somos? o que imaginamos? o que queremos?

E se a resposta for diferente do esperado?

Então aumenta a ansiedade, a pressão para que dê “certo”, principalmente se estivermos amarrados por padrões mais rígidos de conduta e perfeição.

Aí vem o impulso de querer controlar as respostas, os resultados.

Mas a vida é descontínua (que bom que é assim!) e quanto maior o controle, maior o descontrole.

É o Universo nos mostrando que precisamos relaxar e soltar as rédeas.

O controle vem da insegurança, da dúvida, da falta de confiança no fluxo da vida, do aparte da Unidade.

E COMO SE GASTA ENERGIA TENTANDO MANTÊ-LO!

Superestimulamos nosso sistema glandular, que em alerta, interpreta que estamos em perigo e responde ao imaginário como se fosse realidade.

Surge então a crise de ansiedade, que é a perda total do controle.

Hormônios secretados de forma desordenada, sistema corporal em pane.

Sintomas como taquicardia, sudorese, boca seca, tontura, tremores, sensação de abafamento no peito, como se fossemos sofrer um ataque do coração e morrer.

A ansiedade se transforma em angústia e desespero, acompanhado pelo o que algumas pessoas relatam como sensação de estar fora do corpo.

O grau de frequência e intensidade desses episódios é variado, assim como os sintomas.

A questão é que um círculo vicioso se instala, a cada crise de pânico aumenta o medo da repetição do evento, medo de enlouquecer, de ter uma doença grave, de morrer.

Esses pensamentos negativos aprisionam e mesmo que a crise não aconteça fica a expectativa, a antecipação de algo que ainda não ocorreu, que poderá não acontecer, mas que é subjetivamente aguardado.

Isso porque o corpo reteve a memória da primeira crise, um trauma registrado.

Assim se uma sensação parecida acontecer poderá ser o gatilho que dispara essa memória.

São situações tão sofridas que podem levar ao isolamento e depressão, esse conjunto forma então a Síndrome (conjunto de sintomas) do Pânico.

A boa notícia é que tem tratamento e o mais eficiente é aquele que atua na causa e não somente na consequência.

A medicação, muitas vezes necessária, deve ser acompanhada de uma mudança de hábitos, pensamentos e conduta. Uma reavaliação de si, das emoções, dos sentimentos.

Será que essa sensação de morte, pode significar que algo precisa morrer dentro de mim? Algum padrão de conduta, por exemplo, que não me cabe mais?

A conscientização de que não é preciso controlar tudo, o aprendizado de confiar no outro e no fluxo da vida, a conexão com o todo e o aprofundamento dos vínculos e compartilhamento, levam a percepção de que as dificuldades são apenas desafios a serem vencidos, não são castigos, falhas ou desmerecimentos.

A psicoterapia é uma importante aliada nesse processo assim como as terapias complementares (Reiki, Florais, Aromaterapia, Cromoterapia, Acupuntura e auriculopuntura), a yoga e a meditação.

Algumas atitudes podem ajudar numa crise de ansiedade:

/Respire profundamente, prolongando e expiração e dando uma pausa antes de inspirar novamente;
/Identifique os sintomas, perceba que está tendo uma resposta automática a um perigo, observe se é real ou imaginário;
/Tome consciência do sentimento ou emoção que está provocando essa reação, requalifique a sua reação conversando a respeito consigo mesmo e procurando se acalmar;
/Diminua suas expectativas em relação ao que está gerando essa reação;
 /Tome posse do seu presente, do lugar onde está, do que está fazendo, do agora. Desligue-se das amarras do passado e das fantasias do futuro.

Um passo de cada vez, como nas sábias palavras da Oração da Serenidade, de Reinhold Niebuhr.

.... Deus, conceda-me a serenidade para aceitar aquilo que não posso mudar,a coragem para mudar o que me for possível e a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de cada vez, apreciando um momento de cada vez, recebendo as dificuldades como um caminho para a paz, aceitando este mundo como ele é, assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse.......
Só por hoje!