Por Elizabeth de Fátima Souza – Psicoterapeuta reencarnacionista e TVP.
Cada vez mais, os pacientes querem conversar sobre o que é a vida, sobre o que estão fazendo aqui, para o que vivem e a maioria questiona-se qual a sua Missão!
A Missão ou o objetivo de qualquer pessoa que por aqui esteja é o mesmo, ou seja, a auto-evolução. E isso, que parece óbvio, tem implicações muito profundas, pois evoluir significa a melhoria das nossas características pessoais, morais e éticas, a partir de uma elevação do nosso nível de consciência.
Quase todas as pessoas afirmam saber disso, raríssimas discordam, mas se todas ou quase todas sabem disso, acreditam realmente que devem evoluir e se afirmam boas pessoas, honestas, bem intencionadas, então por que os consultórios estão cheios, por que tantas doenças físicas, por que tanta rinite, asma, câncer, AIDS, infartos, úlceras, reumatismos, derrames cerebrais, por que tantos distúrbios emocionais e mentais? Algo está errado, pois a teoria e a prática não estão combinando.
Existem muitas maneiras de se perder na vida, algumas tão disfarçadas e de aparência tão inocente que nem parecem inconvenientes. Alguns hábitos, procedimentos ou costumes, pessoais, familiares e sociais, estão tão arraigados ao nosso cotidiano que nem de longe percebemos que nos são prejudiciais e, por outro lado, coisas aparentemente irrisórias, bobagens descartadas, teriam a capacidade de nos colocar no rumo certo.
O meu nome é Elizabeth de Fátima Souza, sempre afirmei isso, seria até capaz de jurar que sou a Elizabeth de Fátima Souza, fui registrada assim, está em todas as minhas identidades, sempre que me inscrevo em algo, coloco esse nome, todos me chamam assim. Não há dúvidas, eu sou Elizabeth de Fátima Souza! Certo?
Errado. Na realidade eu estou Elizabeth de Fátima Souza.
Só descobri o que é a Vida, quando entendi esta verdade.
Antes de eu "nascer", já existia em Essência. Em regressões a algumas encarnações passadas me vi como índia, cigana, nobre, negra, homem, etc. eu era a Elizabeth?
Certamente não, mas era Eu, com certeza.
A minha Consciência já habitou “cascas” diferentes, de nomes diferentes, em épocas diferentes, e o que havia de comum em todas elas? A minha Essência, a minha Consciência, que as religiões chamam de Espírito, o meu verdadeiro EU.
Então eu sou Elizabeth? Não, eu sou anterior a Elizabeth, e posterior também.
Eu sou eterna, a “casca” ELIZABETH é temporária. Mantendo este raciocínio, eu estou mulher, estou mãe de meus filhos que também não são, mas estão e estou terapeuta.
Todos estamos em cascas temporárias, vivenciando rótulos passageiros, com uma missão única e em comum: a evolução da nossa Essência (ou Consciência ou Espírito), que é feita através de nós quando estamos aqui.
O que se adquire na Terra, se cura na Terra.
Não somos o que pensamos ser, tampouco os rótulos que supomos ter.
No dia em que desencarnamos (“morte”) nos libertamos do veículo físico e, com isso, do aparente absolutismo das relações familiares, como estão estruturadas, desde a relação da nossa Essência com as ilusões da nossa Personalidade Inferior, até as relações ilusórias com tudo o mais, incluindo as pessoas.
Lembram-se de Maya, a deusa da ilusão?
A Psicoterapia Reencarnacionista apregoa a profunda libertação dos grilhões das ilusões da personalidade inferior e temporária, que tem a duração de uma encarnação.
Continuando poderíamos perguntar, porque sofremos?
A Psicoterapia Reencarnacionista quer mostrar que o grande erro é acreditar que somos o que não somos, ou seja, acreditarmos nas ilusões da nossa personalidade inferior e não acessarmos nossas metas e objetivos pré-reencarnatórios.
O terrível engano é vivermos para o temporário quando deveríamos viver para o eterno.
Vivemos sob a crenças e exigências do EGO, reverenciamos o MEU, MINHA, somos egoístas e individualistas, nos afastamos do TODO enquanto o EU SUPERIOR acredita em NÓS e NOSSO e quer viver para o TODO.
Tememos a morte porque o EGO sabe que deixará de existir, o EU SUPERIOR não teme, pois já viveu antes em outras personalidades.
O ego cria e alimenta a doença, o Eu Superior cura.
Então, quem deve estar no comando de nossa passagem terrena? Quem deve ser o líder?
A Essência, certamente. Mas o que acontece quando o Ego rouba este lugar e assume o comando?
A Psicoterapia Reencarnacionista quer relembrar a personalidade inferior que existe um caminho que leva ao EU SUPERIOR e FACILITAR A HARMONIA ENTRE OS DOIS.
Você tem cuidado do teu Mestre Interior, tem estado em contato com teu Eu Superior?
A Psicoterapia Reencarnacionista, que é a Terapia da finalidade e do aproveitamento da encarnação, quer mostrar o quanto temos sido egoístas e irresponsáveis, e promover esse encontro.
A partir do momento em que a personalidade inferior e o Eu Superior se reencontram, se religam, e por méritos hierárquicos o verdadeiro líder assume o comando, as coisas começam a mudar em nossa vida.
Os valores paulatinamente vão se modificando, os objetivos e as metas, tão ansiosamente buscados, mudam de importância, pois o que interessa à personalidade inferior pode parecer extremamente supérfluo e fútil para a sua Sabedoria Interna e coisas miúdas, antes ignoradas, banais, passam a assumir proporções enormes, pois o que interessa fortemente à Essência, às vezes parece bobagem para a personalidade inferior, presa em suas ilusões terrenas.
A re-conexão entre o Eu Inferior (temporário) e o Eu Superior (eterno) é o que propõem todas as religiões, e o religar-se com o Superior, com Deus, passa por encontrar o seu Propósito e entender o significado e os objetivos de uma reencarnação, vivida por uma persona aparente e passageira.
Quando nós reencarnamos, viemos com planos e metas traçadas, sabemos por que estamos necessitando dessa nova passagem por aqui, por um plano dimensional denso, e, portanto, de um corpo físico, que nos sirva de veículo nessa passagem.
Sabemos o que temos de aprender, o que temos de corrigir, o que devemos melhorar, o que precisamos alcançar, aonde queremos chegar. Sabemos que encontraremos situações difíceis pelo caminho e que elas é que nos possibilitarão evoluirmos e alcançarmos nossos objetivos. Sabemos quem são os nossos denominados pais, onde estamos chegando e por que, e temos noção de um projeto idealizado por nós mesmos para nossa passagem por aqui. Mas a partir do momento em que o espermatozoide do nosso eleito pai fecunda o óvulo da nossa eleita mãe, começam os problemas.
Durante o tempo em que estamos formando nosso veículo físico dentro do útero materno, a partir de um Molde Psicobiológico, temos plena consciência do que acontece com os nossos pais, o que acontece entre eles, e em relação a nós, isso ocorre porque o corpo físico está se formando dentro do útero, mas a Consciência está lá fora, no corpo astral e que aos poucos vai perdendo a consciência de sua origem, de sua Essência, e vai incorporando gradativamente as ilusões da personalidade temporária, o embrião da sua personalidade inferior.
Então começa a esquecer seu plano pré-reencarnatório com aquele pai, com aquela mãe, com aquela família, com aquela situação, e começa a passar o comando para o seu Ego, que tem a ilusão de que as coisas estão começando, esquecido de quem é realmente e de quem foram eles em tempos outros.
Um Ser (Espírito) em um corpinho de nenê, quando nasce, não é um livro em branco, ele traz uma bagagem enorme de outras passagens por este e outros planos dimensionais e traz também uma bagagem daqueles meses de vida intra-uterina.
O somatório disso tudo, mais o que vai percebendo e assimilando nos primeiros tempos do agora constituirá o que o Dr. Bach, criador da Terapia Floral, chama de personalidade inferior, e que é semelhante à das encarnações anteriores, ou seja, uma continuação, piorada ou melhorada pelas atuais circunstâncias.
As memórias pretéritas, as memórias da vida intra-uterina e dos primeiros anos de vida extra-uterina permanecem no Inconsciente e somente o que acontece mais tarde passa a ficar registrado no Consciente.
Como isso que jaz oculto reforça uma maneira congênita de pensar, sentir e agir gera-se uma estrutura tão complexa que, devido à insegurança existencial decorrente, as ilusões da personalidade inferior tornam-se mais e mais fortes e acabam dominando a situação.
Nós passamos a funcionar como se fôssemos realmente isso que parecemos, todos nos chamam por aquele nome, em casa, na rua, no colégio, nos documentos de identidade e pronto, está constituída a Grande Ilusão.
A solução é ver por trás das ilusões, reencontrar-se com suas metas pré-reencarnatórias e permitir que o verdadeiro líder assuma o comando.
Texto adaptado do curso de Psicoterapia Reencarnacionista – Dr Mauro Kwitko.