A ansiedade é inerente ao ser
humano, permite visualizar uma possível situação de perigo e preparar a reação,
mas se transforma em patológica quando foge a um contexto ou se torna
desproporcional.
O aumento de pessoas com TAG
(Transtorno de ansiedade generalizado) e Síndrome do Pânico evidencia que a
sociedade está cada vez mais ansiosa.
A super estimulação (TV, celular,
Internet...), a sobrecarga de tarefas, o materialismo, o consumismo, geram um
aumento de “obrigações”, expectativas e ilusões.
Perdemos-nos no meio das criações
de nossa mente inferior.
Afinal quem somos?
Seria bom se pudéssemos fazer
como no carnaval, retirarmos a máscara escolhida e seguirmos em frente.
Mas não é assim.
Construímos personagens a partir
de nossas experiências espirituais, afetivas, familiares, sociais. Desejos
despertos por ilusões de aceitação, conquista e controle.
Somos o que somos? o que
imaginamos? o que queremos?
E se a resposta for diferente do
esperado?
Então aumenta a ansiedade, a
pressão para que dê “certo”, principalmente se estivermos amarrados por padrões
mais rígidos de conduta e perfeição.
Aí vem o impulso de querer
controlar as respostas, os resultados.
Mas a vida é descontínua (que bom
que é assim!) e quanto maior o controle, maior o descontrole.
É o Universo nos mostrando que
precisamos relaxar e soltar as rédeas.
O controle vem da insegurança, da
dúvida, da falta de confiança no fluxo da vida, do aparte da Unidade.
E COMO SE GASTA ENERGIA TENTANDO
MANTÊ-LO!
Superestimulamos nosso
sistema glandular, que em alerta, interpreta que estamos em perigo e responde
ao imaginário como se fosse realidade.
Surge então a crise de ansiedade,
que é a perda total do controle.
Hormônios secretados de forma
desordenada, sistema corporal em pane.
Sintomas como taquicardia,
sudorese, boca seca, tontura, tremores, sensação de abafamento no peito, como
se fossemos sofrer um ataque do coração e morrer.
A ansiedade se transforma em
angústia e desespero, acompanhado pelo o que algumas pessoas relatam como
sensação de estar fora do corpo.
O grau de frequência e
intensidade desses episódios é variado, assim como os sintomas.
A questão é que um círculo vicioso
se instala, a cada crise de pânico aumenta o medo da repetição do evento, medo
de enlouquecer, de ter uma doença grave, de morrer.
Esses pensamentos negativos
aprisionam e mesmo que a crise não aconteça fica a expectativa, a antecipação
de algo que ainda não ocorreu, que poderá não acontecer, mas que é
subjetivamente aguardado.
Isso porque o corpo reteve a
memória da primeira crise, um trauma registrado.
Assim se uma sensação parecida
acontecer poderá ser o gatilho que dispara essa memória.
São situações tão sofridas que
podem levar ao isolamento e depressão, esse conjunto forma então a Síndrome
(conjunto de sintomas) do Pânico.
A boa notícia é que tem
tratamento e o mais eficiente é aquele que atua na causa e não somente na
consequência.
A medicação, muitas vezes
necessária, deve ser acompanhada de uma mudança de hábitos, pensamentos e
conduta. Uma reavaliação de si, das emoções, dos sentimentos.
Será que essa sensação de morte,
pode significar que algo precisa morrer dentro de mim? Algum padrão de conduta,
por exemplo, que não me cabe mais?
A conscientização de que não é
preciso controlar tudo, o aprendizado de confiar no outro e no fluxo da vida, a
conexão com o todo e o aprofundamento dos vínculos e compartilhamento, levam a
percepção de que as dificuldades são apenas desafios a serem vencidos, não são
castigos, falhas ou desmerecimentos.
A psicoterapia é uma importante
aliada nesse processo assim como as terapias complementares (Reiki, Florais,
Aromaterapia, Cromoterapia, Acupuntura e auriculopuntura), a yoga e a
meditação.
Algumas atitudes podem ajudar
numa crise de ansiedade:
/Respire profundamente,
prolongando e expiração e dando uma pausa antes de inspirar novamente;
/Identifique os sintomas, perceba
que está tendo uma resposta automática a um perigo, observe se é real ou
imaginário;
/Tome consciência do sentimento
ou emoção que está provocando essa reação, requalifique a sua reação conversando
a respeito consigo mesmo e procurando se acalmar;
/Diminua suas expectativas em
relação ao que está gerando essa reação;
/Tome posse do seu
presente, do lugar onde está, do que está fazendo, do agora. Desligue-se
das amarras do passado e das fantasias do futuro.
Um passo de cada vez, como nas
sábias palavras da Oração da Serenidade, de Reinhold Niebuhr.
.... Deus, conceda-me a serenidade
para aceitar aquilo que não posso mudar,a coragem para mudar o que me for
possível e a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de
cada vez, apreciando um momento de cada vez, recebendo as dificuldades
como um caminho para a paz, aceitando este mundo como ele é, assim como fez
Jesus, e não como gostaria que ele fosse.......
Só por hoje!
@souzaelizabethdefatimaterapias