Tem como medir
a evolução emocional e espiritual de alguém?
Podemos
dizer que sim através da avaliação de suas atitudes, decisões ou pela forma que
se relaciona consigo, com os outros e com a Vida.
Mas um parâmetro importante é observar a sua capacidade de amar.
Quando
crianças vivenciamos o amor infantil desenvolvido pelas carências e necessidades.
Nele somos
o centro de tudo acreditamos que tudo gira em torno e para o nosso querer.
Um amor
egoísta e egocêntrico, na realidade uma primeira experiência pois estamos aprendendo a amar.
Conforme
crescemos passamos a perceber que a troca é importante em um relacionamento.
Tomamos consciência
de que ao trocar recebemos mais e uma parceria harmoniosa surge do equilíbrio
da troca.
E de afetos
em afetos vamos experimentando, aprendendo, crescendo.
Até que a
fase adulta nos propicia a oportunidade de vivenciar uma nova forma de amor.
Aquele em
que a recompensa vem do sentimento do prazer em amar.
A
experiência da maternagem e paternagem é o exercício dessa forma de amar, mas
outras vivências também podem despertá-lo.
O contato e
a experiência de amar dessa maneira tem estreita relação com a autoestima.
Se não conseguimos
nos aceitar reconhecer validar nossa singularidade e desenvolver o autoamor
como poderemos amar o outro de forma madura, sem carências e exigências infantis?
E aí pode
estar a explicação das nossas escolhas afetivas.
Você já se
perguntou que tipo de amor busca?
Se o amor
que você escolhe é o que sente que merece?
Você vê seu
parceiro (a) como é ou como você deseja que ele ou ela seja?
Muitas
vezes centrados em fantasias e projeções não conseguimos enxergar e escutar porque o
nosso ponto de vista está comprometido.
Não temos
consciência de como amamos, do que queremos, do que realmente recebemos.
Fica
difícil também ver com clareza como o outro nos ama e avaliar se esse amor interessa
verdadeiramente e pode gerar uma relação harmoniosa e satisfatória para os
dois.
O autoconhecimento nos possibilita entender melhor nossas necessidades, desejos e escolhas e assim compreender nossos relacionamentos tendo a possibilidade de reavaliar o amor que desejamos.
Elizabeth de Fátima Souza psicoterapeuta. @souzaelizabethdefatimaterapias